Agrofloresta refere-se principalmente ao plantio de árvores em culturas alimentares.
Agroecologia, em geral, refere-se a uma visão mais global dos ecossistemas, incluindo todas as necessidades da sociedade humana.
Nossos projetos ilustram a integração desses dois conceitos.
Estes são direcionados a famílias agrícolas que possuem suas próprias terras, onde cultivam alimentos para suas famílias e vendem o excedente nos mercados locais. Apoiamos porque acreditamos que a agricultura familiar deve permanecer a base do fornecimento de alimentos, em contraste com monoculturas industriais em larga escala.
Essas pequenas fazendas familiares frequentemente enfrentam grandes dificuldades, sendo as principais a falta de recursos logísticos e humanos.
Apoiamos um grupo de agricultores familiares em uma região árida do nordeste do Brasil, no estado de Alagoas. Todos cultivam suas próprias frutas e vegetais em uma área de 2 a 3 hectares. Uma de suas principais dificuldades é a irrigação. A maioria tem acesso a uma nascente, mas falta uma rede de tubulações para irrigar suas plantações. Normalmente, têm apenas uma mangueira, o que significa que precisam mover seu único aspersor de uma hora para a próxima. Além disso, sem meios regulares de transporte, muitas vezes não conseguem vender seus produtos nos mercados locais.
No que diz respeito ao fornecimento para supermercados da cidade, há boas perspectivas, dado que os produtos orgânicos estão se tornando cada vez mais importantes. Após visitar alguns desses mercados, aprendemos que os requisitos são bastante exigentes. O agricultor teria que ser capaz de fornecer o mesmo produto regularmente na maior parte do ano. Isso exigiria a instalação de uma cadeia de frio e a aquisição de um caminhão que pudesse transportar os produtos de cada fazenda para o galpão e do galpão para a cidade.
Por enquanto, equipamos as primeiras cinco parcelas com uma rede de tubulações equipada com vários aspersores para cada família. Mas também gostaríamos de fornecer irrigação para todas as outras parcelas pertencentes a essas famílias agrícolas.
Há também muitos homens e mulheres sem terra nesta região. Eles vivem em extrema pobreza nos arredores das aldeias, frequentemente em abrigos improvisados. Como primeiro passo, nossa associação adquiriu algumas áreas de terra onde estamos dando a eles a oportunidade de cultivar seus próprios vegetais.
A abordagem é emprestar a eles o terreno vitaliciamente, sob a condição de que não usem fogo para limpar a terra, nem inseticidas ou herbicidas.
Há alguns anos, o primeiro grupo de famílias foi experimentalmente instalado nessas áreas, e todos tiveram colheitas muito boas.
